Aprendemos coisas novas a todo momento. As férias podem ser uma ótima temporada pra descobertas.
Foto: Omar Paixão
"Não é só indo na escola que se
aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo
entre eles"
Não é só na escola que descobrimos coisas novas. O aprendizado pode acontecer em qualquer lugar e não é necessariamente algo chato ou metódico. Em linhas gerais, aprender significa colocar em prática um novo conhecimento,
seja uma receita de bolo, seja o nome de uma árvore, seja uma música ou
seja um conceito de física. "Em geral, o aprendizado acontece da
seguinte maneira: observamos algo desconhecido, manipulamos,
organizamos, classificamos e utilizamos esse conhecimento em situações
novas", explica Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade
de Educação da PUC-SP.
Por meio de uma brincadeira, por exemplo, a criança pode aprender habilidades sociais que serão fundamentais na vida adulta. "Na brincadeira a criança fica ativa tanto mentalmente quanto fisicamente. É uma forma de ela interagir, aprender a seguir regras, contestar e desenvolver autonomia", diz Maria Ângela, que também coordena o núcleo de cultura e estudos do brincar da PUC-SP. É por isso que, durante as férias, também é possível aprender muito - seja em viagens, seja em passeios na própria cidade, seja em casa: lendo um livro ou jogando cartas com os amigos. Em sala de aula, o aprendizado passa por um planejamento, fora dela acontece naturalmente, é absolutamente informal, mas não menos importante. "Não é só indo na escola que se aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo entre eles", diz a professora.
Os pais, por sua vez, têm um papel fundamental na aprendizagem dos filhos. "Ouvir músicas juntos, ler livros, andar de bicicleta, além de ensinar, estabelece vínculos maiores entre pais e filhos", diz Maria Ângela Barbato Carneiro. Dependendo da abordagem usada pelos pais, uma visita ao museu pode ser muito divertida. "Não podemos adotar um discurso chato e professoral na hora de levar crianças e jovens a cinemas, museus e teatros. É preciso associar esses programas ao lazer", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC. O segredo é respeitar o tempo do jovem e da criança.
À medida que o jovem vai criando um repertório, é legal oferecer mais diversidade, sem forçar nada, é claro. Se ele só comer arroz e feijão não saberá que gosta de macarrão. A única maneira de alguém descobrir se gosta de uma atividade é experimentando. "As pessoas só se interessam por aquilo que têm contato. A criança e o jovem não vão gostar de livros, museus e filmes se não forem apresentados a esse universo", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC.
Mas espera aí? Férias não são para descansar? O descanso não é importante para a mente relaxar e ficar pronta para novos conteúdos? "Sim, a criança nas férias também tem de brincar, ficar em casa e com os amigos", diz Luciana Fevorini, coordenadora pedagógica do ensino fundamental e médio do Colégio Equipe. Mas há crianças que têm energia demais pra ficarem paradas. O mais importante nesse período é não forçar a nada e deixá-las escolher o que vão fazer. Dessa maneira, elas poderão aproveitar e aprender mais.
Leia também o hotsite Férias no Museu
Por meio de uma brincadeira, por exemplo, a criança pode aprender habilidades sociais que serão fundamentais na vida adulta. "Na brincadeira a criança fica ativa tanto mentalmente quanto fisicamente. É uma forma de ela interagir, aprender a seguir regras, contestar e desenvolver autonomia", diz Maria Ângela, que também coordena o núcleo de cultura e estudos do brincar da PUC-SP. É por isso que, durante as férias, também é possível aprender muito - seja em viagens, seja em passeios na própria cidade, seja em casa: lendo um livro ou jogando cartas com os amigos. Em sala de aula, o aprendizado passa por um planejamento, fora dela acontece naturalmente, é absolutamente informal, mas não menos importante. "Não é só indo na escola que se aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo entre eles", diz a professora.
Os pais, por sua vez, têm um papel fundamental na aprendizagem dos filhos. "Ouvir músicas juntos, ler livros, andar de bicicleta, além de ensinar, estabelece vínculos maiores entre pais e filhos", diz Maria Ângela Barbato Carneiro. Dependendo da abordagem usada pelos pais, uma visita ao museu pode ser muito divertida. "Não podemos adotar um discurso chato e professoral na hora de levar crianças e jovens a cinemas, museus e teatros. É preciso associar esses programas ao lazer", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC. O segredo é respeitar o tempo do jovem e da criança.
À medida que o jovem vai criando um repertório, é legal oferecer mais diversidade, sem forçar nada, é claro. Se ele só comer arroz e feijão não saberá que gosta de macarrão. A única maneira de alguém descobrir se gosta de uma atividade é experimentando. "As pessoas só se interessam por aquilo que têm contato. A criança e o jovem não vão gostar de livros, museus e filmes se não forem apresentados a esse universo", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC.
Mas espera aí? Férias não são para descansar? O descanso não é importante para a mente relaxar e ficar pronta para novos conteúdos? "Sim, a criança nas férias também tem de brincar, ficar em casa e com os amigos", diz Luciana Fevorini, coordenadora pedagógica do ensino fundamental e médio do Colégio Equipe. Mas há crianças que têm energia demais pra ficarem paradas. O mais importante nesse período é não forçar a nada e deixá-las escolher o que vão fazer. Dessa maneira, elas poderão aproveitar e aprender mais.
Leia também o hotsite Férias no Museu
Para ler, clique nos itens abaixo:
- Como se divertir e aprender em casa
- Para afastar seu filho de um mês em frente à TV a receita são os jogos e as brincadeiras. Jogos de cartas e de tabuleiros são divertidos e podem ensinar muita coisa. "Você estimula o raciocínio, mas também aprende a lidar com regras, dificuldade, interagir com os outros e até a perder", diz Luciana Fevorini. Muita gente acha que brincadeira só serve pra divertir, o que é um erro. Na infância, as brincadeiras são uma das principais fontes de aprendizado. "Nelas as crianças podem errar e tentar de novo sem se frustrar. É uma forma dela interagir, aprender a seguir regras, contestar e se expressar", diz Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade de Educação da PUC-SP DICA: Procure conversar com seu filho sobre o que ele brincou no dia. Dê asas à imaginação dele e estimule coisas novas.
- Como se divertir e aprender no parque
- O espaço dos parques é propício pra brincar, praticar esportes e conhecer a natureza. Exercitar-se, principalmente na infância, também é um aprendizado. Por meio de atividades físicas pode-se desenvolver autonomia, respeito pelo outro e até mesmo a criatividade, como mostra a reportagem "O que se aprende com a Educação Física". Além disso, é possível ter contato com animais e plantas e quase sempre se encontra informações sobre as diversas formas de vida ali presentes. Alguns parques, como o Ibirapuera em São Paulo, também têm espaços para exposições de artes e auditórios para shows e eventos. DICA: Qualquer parque pode ser interessante, até mesmo os pequenos. O importante é seu filho se sentir à vontade. Em parques muito movimentados, os melhores dias pra visitar são durante a semana.
- Como se divertir e aprender no museu
- Quando pensamos em museus costumamos imaginar corredores longos e sérios cheios de quadros e estátuas. Verdadeiros depósitos do conhecimento. Porém, vale lembrar que nem todo museu é chato. Muitos têm seções especiais pra crianças, profissionais preparados para promover visitas guiadas e exposições interativas e curiosas. O museu Catavento, em São Paulo, por exemplo, faz de sua "exposição" uma verdadeira aventura. Explora o universo da ciência com recursos audiovisuais e tecnologia. Em uma das salas, por exemplo, por meio de óculos especiais, é possível visualizar os malefícios causados por drogas. E até mesmo em museus mais conservadores é possível se divertir. O bacana é incentivar a criança ou o jovem a procurar em uma obra elementos que despertem a atenção dele. "Um cachorro vermelho em um quadro pode ser incrível pra uma criança e estimular a criatividade dela. Tudo pode ser interessante dependendo do jeito que a gente olha", diz Verônica Dias. DICA: Experimente propor uma gincana em busca de imagens que despertem a atenção da garotada. Não custa lembrar que para a visita ficar mais legal, é preciso respeitar o tempo e o interesse das crianças e jovens - e também dos pais, é claro. Leia também o hotsite "Férias no Museu"
- Como se divertir e aprender no planetário
- A tecnologia dos planetários permite explicar de forma lúdica e visual o funcionamento dos astros, planetas e demais elementos que compõe o universo. Dificilmente uma aula consegue ser tão informativa e lúdica. "Toda a questão do funcionamento dos astros, do sistema solar, do funcionamento do dia e da noite, fenômenos que são estudados em sala de aula, fica muito mais impactante", explica Luciana Fevorini. DICA: Depois da visita, tire uma noite pra observar o céu com seu filho e tentar identificar ao vivo o que foi visto no planetário.
- Como se divertir e aprender no cinema
- Filmes reúnem entretenimento e reflexão: fazem-nos pensar e nos emocionam. E, muito frequentemente, despertam o interesse por assuntos históricos, sociais e filosóficos que jamais haviam passado por nossas cabeças. Ir ao cinema pode ser ainda mais enriquecedor. "Sentar pra assistir a um filme numa sala escura, com uma tela grande, em silêncio, sem interferências, cria um 'estado de cinema' que torna a experiência mais interessante. Alguém acostumado a ver filmes apenas pela televisão, cortado por comerciais, pode se deslumbrar no cinema", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC. DICA: Até mesmo um filme comercial pode ensinar boas lições. O importante é pensar sobre o que foi visto. Procure discutir com seu filho sobre os temas de um filme e a forma como eles foram mostrados. Leia também: "Assistir para Entender"
- Como se divertir e aprender no teatro
- O aprendizado com o teatro se assemelha, em alguns aspectos, com o do cinema. Mas pode ser ainda mais impactante pela proximidade entre a plateia e os atores. Assistindo a uma peça, somos convidados a interagir e experimentamos a obra com maior intensidade. "O teatro convida a criança a cantar, a responder perguntas e a chegar perto dos atores", diz Luciana Fevorini, coordenadora do Colégio Equipe. DICA: Quanto mais próximo você se sentar do palco, maior a chance de você participar da peça. Se seu filho gostar desse tipo de envolvimento, procure sentar nas primeiras fileiras.
- Como se divertir e aprender na biblioteca
- Livros aumentam nosso repertório, expandem nosso universo. Por meio da leitura pensamos sobre nós mesmos, a realidade e nossa condição no mundo. E aumentamos nossa sensibilidade estética. "A literatura, assim como as outras artes, abre nossos horizontes. Por meio dela pensamos sobre a vida, sobre a realidade, ampliamos nosso repertório e desenvolvemos sensibilidade estética". Todo esse universo pode ser encontrado em Bibliotecas, que costumam ser gratuitas e permanecem abertas durante as férias. Além dos livros, muitas contam com acervos de vídeos, DVDs, gibis, histórias em quadrinhos, e rodas de contação de histórias para crianças. DICA: Para aproveitar ainda mais uma visita à biblioteca, procure saber a programação do dia e escolha seu programa favorito. Leia também: "Os segredos das melhores bibliotecas"
- Como se divertir e aprender na própria escola
- Para os pais que não podem passar o dia com os filhos por estarem no trabalho existem algumas opções. Além de museus e parques gratuitos, cidades de todo o país contam com programas recreativos e educativos durante as férias. Muitas escolas, no período das férias, transformam o espaço em uma espécie de acantonamento aonde as crianças vêm e exercem atividades lúdicas. É o caso do "Brincando nas Férias", projeto destinado às crianças de escolas municipais de Guarulhos (SP). Há quatro anos a EPG Carlos Drummond de Andrade recebe a equipe de professores e monitores do "Brincando" no período das férias. Para a diretora Maria de Deus Giannatasio, os alunos que participam voltam às aulas mais bem preparados. "As atividades físicas e culturais deixam os alunos mais atentos e sensíveis. Eles ficam mais sociáveis e mais aptos ao aprendizado", diz a diretora. Outras cidades que têm projetos semelhantes são: Recife, Olinda, São Paulo, Natal e Curitiba. DICA: Pergunte em sua escola se ela vai promover algum tipo de atividade durante as férias. Se não tiver nada programado, dê a ideia. Um bom lugar pra se informar também pode ser a prefeitura de sua cidade.
Aprendemos coisas novas a todo momento. As férias podem ser uma ótima temporada pra descobertas. ...