ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA
MOTIVAR OS ALUNOS PARA A APRENDIZAGEM
O
professor na sala de aula é um líder, pois procura influenciar os seus alunos
para que estes se interessem pelas aulas, estejam atentos, participem,
apresentem comportamentos adequados e obtenham bons resultados.
Para
isso, (ABREU, 1996; CARRASCO e BAIGNOL, 1993; JESUS, 1996B; LENS e
DECRUYENAERE, 1991), sugerem ao
professor:
•
manifestar-se entusiasmado pelas atividades realizadas com os alunos,
constituindo um modelo ou exemplo de motivação para eles;
•
Explicar, logo no início do ano letivo, o “porquê?” da sequência dos conteúdos
programáticos da disciplina que leciona, levando os alunos a aperceberem-se da
coerência interna entre as matérias a aprender e a adquirirem uma perspectiva
global dessas aprendizagens;
•
explicitar o “para quê?” das matérias do programada disciplina que leciona, em
termos da sua ligação à realidade fora da escola e da sua relevância para o
futuro dos alunos;
•
salientar as vantagens que poderão advir para a vida futura dos alunos se
estudarem, comparativamente às desvantagens se não estudarem, embora atualmente
haja uma grande incerteza quanto às possibilidades de concretização dos projetos
pessoais;
•
procurar saber quais são os interesses dos alunos e o nome próprio de cada um
deles;
•
utilizar recompensas exteriores ao gosto e à competência que a realização das
próprias tarefas poderiam proporcionar, indo ao encontro dos interesses dos
alunos, apenas no início do processo de ensino-aprendizagem e quando os alunos apresentam
uma motivação muito baixa;
•
deixar os alunos participarem na escolha dos projetos e tarefas escolares,
sempre que possível;
•
criar situações em que os alunos tenham um papel ativo na construção do seu
próprio saber (de acordo com o provérbio “se ouço esqueço, se vejo lembro, se
faço aprendo”); Ex.: (promover o trabalho em equipe na sala de aula de modo que
os alunos produzam evitando aulas somente expositivas.)
•
aproveitar as diferenças individuais na sala de aula, levando os alunos mais
motivados, com mais conhecimentos ou que já compreenderam as explicações do
professor a apresentarem os conteúdos aos outros alunos com mais dificuldades, contribuindo
para uma maior compreensão e retenção da matéria por parte de todos.
• incentivar diretamente a participação dos
alunos menos participativos, através de “pequenas” responsabilidades que lhes
possam permitir serem bem sucedidos; (favorecer a oralidade dos alunos.)
•
fomentar o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, através de estratégias
de trabalho individual e de trabalho de grupo; (Ex.: produção de textos pela
turma partindo da temática de um projeto trabalhado, independentemente da
disciplina ser ou não língua portuguesa.)
•
utilizar metodologias de ensino diversificadas e que tornem a explicação das
matérias mais clara, compreensível e interessante para os alunos; Ex.: (
Utilizar slides em powerpoint com imagens que possam relacionar o conteúdo com
a realidade dos alunos, vídeos, cartazes, músicas, etc.);
•
estabelecer as relações entre os novos conteúdos e os conhecimentos anteriores;
( Ex.: propor desafios para que os alunos respondam individualmente, ou por
equipe, com base em pesquisas extra-classe. Lembrando que esta pesquisa deve
ser orientada pelo professor, com um roteiro. Portanto, o aluno deve seguí-lo
sem fugir do objetivo, isso evita “cópias”. Além disso, o professor estimulará
a capacidade de sintetizar textos a partir das ideais principais.)
•
partir de situações ou acontecimentos da atualidade ou da realidade circundante
para ensinar as matérias aos alunos;
•
criar situações de aprendizagem significativas para os alunos, contribuindo
para uma retenção das aprendizagens a médio/longo prazo; ( Ex.: a realização de
seminários, nos quais os alunos exporão oralmente, (“sem ler no papel”), os
conteúdos pesquisados.
•
evitar levar o aluno a estudar apenas na perspectiva do curto prazo porque vão
ser avaliados;
•
diminuir o significado ansiógeno dos testes de avaliação, contribuindo para o
potencializar das qualidades dos alunos, para um maior empenho destes noutras
tarefas escolares e uma menor ansiedade face às provas de avaliação; Ex.: (
Preparar psicologicamente os alunos para as avaliações externas).
•
proporcionar vários momentos de avaliação formativa aos alunos, levando-os a
sentirem satisfação por aquilo que já conseguiram aprender e motivação para
aprenderem as matérias seguintes; Ex.: (Isso ajudará no conselho de classe).
•
reconhecer o progresso escolar dos alunos, comparando os seus conhecimentos
atuais com os seus conhecimentos anteriores, levando-os a percepcionar as
melhorias ocorridas e a acreditar na possibilidade de ainda poderem melhorar
mais os seus desempenhos se se esforçarem;
•
ter confiança e otimismo nas capacidades dos alunos para a realização das
tarefas escolares, explicitando-o verbalmente; aumentando a sua autoconfiança,
nível de excelência e “brio” na realização escolar;
•
promover a realização de tarefas de um nível de dificuldade intermediário aos
alunos, pois as tarefas demasiado fáceis ou demasiado difíceis não fomentam o
envolvimento do aluno, nem a percepção de competência pessoal na sua
realização;
•
levar os alunos a atribuir os seus fracassos a causas instáveis (por exemplo,
falta de esforço) e não a causas estáveis (por exemplo, falta de capacidade),
de forma a que aumentem as expectativas de sucesso e o empenho em situações
futuras;
•
Desmistificar crenças inadequadas sobre os resultados escolares que os alunos
possuam e que possam contribuir para um
menor esforço ou empenho nas atividades de estudo (por exemplo, “o professor
não gosta de mim e, logo, não vou conseguir obter boa nota”);
•
ajudar os alunos a aproveitarem o esforço dispendido nas tarefas de
aprendizagem, através do desenvolvimento de competências de estudo, pois “mais
vale estudar pouco e bem do que muito mas, mal. (Orientar os alunos a terem
horário definido de estudos, todos os
dias, em local silencioso.)
Trecho adaptado do artigo disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/2753/2101
Trecho adaptado do artigo disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/2753/2101
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